Esta é a visão partilhada por uma comunidade que entende Mértola, como um Laboratório para o Futuro: Um lugar [espaço vivencial] de questionamento, reflexão, ensaio, investigação, transferência de conhecimento, criatividade, inovação e ação. Um lugar de experimentação de soluções de transição para um futuro mais inclusivo, seguro, resiliente e sustentável.
O TERRITÓRIO
VISÃO
Perante a evidência dos problemas estruturantes que afetam o território (a muito baixa densidade populacional, a elevada vulnerabilidade às alterações climáticas e o risco real de desertificação física e humana) temos a VISÃO de um território que não se resigna, um território resiliente que toma nas suas mãos a ação, ensaiando soluções na pequena, média e grande escala, no curto, médio e longo prazo.
Um território cujo modelo de desenvolvimento assenta na valorização do capital humano e social em presença (fiel depositário do conhecimento empírico e científico-tecnológico do território) e procura formas de compensar e reverter a sua demografia negativa, deficit de mão-de-obra e de massa crítica, na promoção crescente de novas interações urbano-rurais/ locais-globais (de escala regional, nacional e internacional) e se associa em rede a territórios, centros de conhecimento e tecnologia, organizações e comunidades criativas de outras geografias mais densas, por forma a incentivar e beneficiar de fluxos contínuos de pessoas (colaboradores, novos residentes, novos rurais, voluntários, talentos, turistas, …), de processos colaborativos, de ideias, de serviços, bens, investimento…
Um território que se propõem colaborativo e que repensa o seu modelo de gestão, no sentido de uma governança apostada em lideranças mais colaborativas e em práticas de co-criação e empoderamento do seu capital social local, com vista à sua implicação nos processos de tomada de decisão, implementação e monitorização do planeamento e ação local.
Um território implicado na resolução dos problemas locais, mas profundamente implicado no seu contributo para a resolução de causas globais, como são as agendas nacionais, europeias e mundiais de mitigação e adaptação às alterações climáticas; de transição ecológica (Green Deal); de desenvolvimento sustentável (Agenda 2030 – 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável); de regeneração dos ecossistemas; de combate à desertificação; de coesão social e territorial; e de promoção da paz.
Um território que continua a incentivar o contínuo interface com a investigação e a produção do conhecimento em vários domínios, que assegura a salvaguarda do seu património natural e cultural, sem veios de cristalização comprometedores da valorização desses elementos patrimoniais em presença e da sua reconversão em fatores de criação de riqueza, de emprego, de inovação e de desenvolvimento sustentável.
Um território implicado na construção de uma nova economia rural com especialização territorial assente na sustentabilidade, apostada na multifuncionalidade do espaço rural; na valorização da atividade agrícola sustentável, na remuneração dos serviços prestados ao ecossistema; no reforço da conectividade (mobilidade, redes digitais, mercados de nicho e interface urbano-rural); na transição agroecológica e energética, na economia circular em harmonia com as novas dinâmicas de produção e consumo; na valorização do património cultural, da cultura e do conhecimento como fatores de criação de riqueza, emprego e desenvolvimento sustentável.
Um território que se compromete com a mediação e literacia cultural, com a educação e capacitação da sua comunidade, com a coesão e inclusão social, a qualidade de vida e o bem-estar de quem cá vive e de quem nos visita.
Um território de vinculação afetiva, de compromisso, de diálogo e tolerância intercultural. Esta é a visão partilhada por uma comunidade que entende Mértola, como um Laboratório para o Futuro: Um lugar [espaço vivencial] de questionamento, reflexão, ensaio, investigação, transferência de conhecimento, criatividade, inovação e ação. Um lugar de experimentação de soluções de transição para um futuro mais inclusivo, seguro, resiliente e sustentável.
Domínios de ação
Educação, Formação & Literacia.
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Mértola, território piloto para o ensaio de modelos educativos (formais e não formais) de base experiencial, vinculados com o território e adaptados à muito baixa densidade.
Nova Economia Rural.
A multifuncionalidade e a especialização territorial comprometida com objetivos da sustentabilidade e coesão territorial.
Transição Agroecológica.
Contributo para uma Agenda Local para a transição agroecológica, restauração de ecossistemas, valorização da atividade agrícola e combate às alterações climáticas e desertificação.
Cultura & Património.
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A literacia cultural como fator de coesão social e territorial. A Cultura e Património como vetor de desenvolvimento sustentável.
Coesão Social e Territorial
Ordenamento, Urbanismo, Eficiência, Qualidade de Vida, Conectividade
Mértola, por um território mais inclusivo, resiliente, seguro e sustentável.
Governança, Redes e Sinergias
Por um território mais colaborativo e co-criativo. A implicação da comunidade. A evidência da escala local (global thinking .local action), o interface rural-urbano, e as redes colaborativas como estratégia para gerar fluxos demográficos mitigadores da demografia negativa.